Um bom UX pode compensar a falta de funcionalidade?
Apr 5, 2024
Um bom UX pode compensar a falta de funcionalidade?
Um bom design de experiência do usuário (UX) é fundamental para o sucesso de produtos digitais. No entanto, há um equívoco comum de que um UX excepcional pode compensar a falta de funcionalidades essenciais em um produto. Este artigo pretende esclarecer esse mito.
A resposta curta para essa questão é que, geralmente, não. Mas vamos explorar alguns pontos importantes que envolvem essa questão.
Embora seja um mito “fácil de desmistificar”, envolver o UX desde o início do projeto pode trazer ganhos significativos de economia de tempo para a equipe e ajudar a criar um produto realmente focado no usuário. Isso é um diferencial crucial nos dias de hoje. Por exemplo, empresas bem-sucedidas como o Nubank souberam dizer “não” a inúmeras sugestões para manter o foco no que realmente importava para os consumidores brasileiros, garantindo que o produto final atendesse às necessidades específicas do mercado.
O impacto de uma boa interface e interação UX envolve uma compreensão profunda dos usuários, incluindo suas necessidades, valores, habilidades e limitações. Um design UX de alta qualidade tem o potencial de criar experiências excepcionais e agradar os usuários. Isso inclui uma navegação intuitiva, interfaces limpas e interações agradáveis. Em um mundo ideal, um bom UX pode suavizar as falhas percebidas em um produto, especialmente se as funcionalidades ausentes não forem críticas para a tarefa em questão.
Contudo, a realidade é que, mesmo o UX mais refinado, não pode compensar completamente a ausência de funcionalidades importantes. Se um produto digital não oferece as ferramentas ou recursos que os usuários precisam para realizar tarefas essenciais, não importa quão agradável seja a interface, os usuários eventualmente buscarão alternativas que atendam melhor às suas necessidades. Um UX excepcional pode atrair usuários inicialmente, mas sem as funcionalidades necessárias, a longevidade do engajamento dos usuários é questionável.
Por exemplo, um aplicativo de edição de fotos com uma interface impecável, mas sem a capacidade de ajustar elementos básicos como brilho ou contraste, dificilmente reterá usuários que precisam dessas funcionalidades para o seu trabalho. Da mesma forma, um aplicativo de gerenciamento de tarefas com um design encantador, mas sem integração com outras ferramentas ou suporte a notificações, perderá rapidamente seu apelo.
Isso não significa que o design UX deva ser relegado a um segundo plano; pelo contrário, ele deve trabalhar em consonância com o desenvolvimento de funcionalidades.
Algumas dicas para alcançar esse equilíbrio:
Traga o UX para os processos iniciais do produto; a maioria dos designers de UX tem a habilidade de montar diagramas e trabalhar com arquitetura de informação, o que pode trazer uma visão mais ampla sobre o que está sendo desenvolvido.
Realizar pesquisas com usuários para entender suas necessidades e expectativas.
Priorizar as funcionalidades essenciais e garantir que elas sejam fáceis de encontrar e usar.
Testar o produto com usuários para identificar problemas de usabilidade e fazer as alterações necessárias.
Coletar feedback dos usuários e usá-lo para aprimorar o produto continuamente.
Em resumo, um UX excepcional pode fazer um bom produto parecer ótimo, mas não pode fazer um produto incompleto parecer completo. As empresas devem aspirar a criar produtos que sejam agradáveis de usar, mas também verdadeiramente úteis e eficazes em atender às demandas dos usuários. Assim, enquanto o design UX é uma parte crítica do desenvolvimento de produtos, ele deve andar de mãos dadas com um desenvolvimento de funcionalidades sólido e orientado ao usuário.